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terça-feira, 26 de maio de 2009

O JUSTICEIRO: EM ZONA DE GUERRA (2008)

Continuando com minha árdua missão de falar sobre todos os filmes de HQs que eu conseguir, acrescento mais alguns à minha lista.
Nos meus últimos posts a respeito de cinema, o assunto foi mais voltado à expectativa relacionada com a estréia de alguns filmes. O que dá título a esta postagem é mais um que eu aguardava pra assistir. As fotos e detalhes que eu tinha visto mostravam que pelo menos dessa vez o personagem da camisa de caveira teria uma adaptação um pouco mais séria.Pra quem não conhece a história pregressa na telona desse combatente do crime pouco convencional, esclareço-vos.
O Justiceiro teve uma versão interpretada pelo astro-de-filmes-de-ação-da-sessão-da-tarde-da-década-passada, Dolph Lundgren. O longa metragem de 1989 era apenas mais uma história sobre mais um dos personagens genéricos interpretados pelo ator, porém atendendo pela alcunha Frank Castle (o "nome civil" do Justiceiro).
A segunda tentativa ocorreu quando a Marvel Comics viu o vingativo Castle virar live-action maleporcamente atuado por Tomas Jane, e sob a direção do novato (e amador) Jonathan Hensleigh, em 2004. Dessa vez com mais referências aos quadrinhos, porém com um elenco lamentável, e efeitos especiais muito inferiores aos de estúdios modernos como o Q Studios, o diretor parece ter acertado apenas na contratação de John Travolta para o papel do vilão Howard Saint, o que sempre garante um aumento considerável na renda obtida pelo filme nas bilheterias. Como resultado, o movie ficou um trash B, que cometeu a ousadia de se levar a sério.
Só pra não dizer que o filme não tem nada positivo, a luta contra o capanga russo é impagável! Muito engraçada!
Com duas adaptações fracassadas, quem iria imaginar que o Frank voltaria às telas?
Bem, isso ocorreu em 2008, quando a diretora Lexi Alexander (a mesma de Hooligans, 2005) após inúmeros desentendimentos com o estúdio entregou o filme pronto para ocupar o seu espaço no lucrativo mercado do cinema quadrinhístico.
No entanto, as coisas não rolaram como esperado.
Uma bilheteria pífia (cerca de $4 milhões no primeiro fim de semana) mostrou que o público não curtiu, ou não estava nem aí pra essa nova investida do personagem em outra mídia. Ao saber disso, qualquer um pensaria que o filme é ainda pior que os anteriores. Mas não se engane.
Logo nos primeiros minutos fica clara uma coisa: "O Justiceiro: Em Zona de Guerra" (Punisher: War Zone) conseguiu ao menos reunir uma equipe competente. A direção de fotografia, os efeitos especiais e toda a construção estética funcionam suficientemente bem. Isso somado à adequada atuação de Ray Stevenson (da série Roma), sem dúvidas o melhor intérprete do vigilante da Marvel nos cinemas (não que a concorrência fosse lá essas coisas...).
O grande defeito surge quando aparecem em cena os vilões, cômicos e caricatos ao extremo, e no caso de um longa praticamente sem história, a ação tem que compensar desencadeando um final absurdamente divertido e interessante, o que não acontece.
Mas falando assim, talvez eu esteja desmerecendo o esforço da diretora em criar uma atmosfera próxima e fiel à dos quadrinhos, e algumas das cenas de ação mais violentas do cinema de HQs. No fim das contas, o destaque fica exatamente nesse aspecto, mostrando finalmente o Justiceiro de modo a refletir sua perturbação emocional em suas ações.
Ainda que não seja um grande filme, pode agradar os fãs pela sangria orquestrada pelo "herói" sociopata, em meio a tiroteios, desmembramentos e explosões cranianas. O resultado direto disso foi uma censura R, o que limitou seu público e diminuiu consideravelmente sua bilheteria.
Enfim, pra quem curte cinema de ação, "O Justiceiro: Zona de Guerra" até que é uma boa escolha. Pra quem curte o personagem nas revistas em quadrinhos, esse novo filme apresenta uma notória melhora em relação aos fiascos anteriores, mas ainda é pouco.
E provavelmente será o último.


Quanto vale: meio ingresso.

Justiceiro:Em Zona de Guerra
(Punisher: War Zone)
Direção: Lexi Alexander
Duração: 103 minutos
Ano de produção: 2008
Gênero: Ação




quarta-feira, 20 de maio de 2009

TOP 5 - FILMES DE 2008 QUE NÃO VALERAM O INGRESSO

Essa é uma postagem que chega com bastante atraso, porém, apesar disso, achei que seria uma imensurável perda para a humanidade se eu não compartilhasse as informações a seguir com o meu seleto público. Senhoras e senhores! O Oscar NÃO vai para...


1 - HANCOCK - Alguém deve ter dito: "O que o público quer ver é mais algum cara com poderes, interpretado por algum ator famoso. A história? Não faz diferença."Depois, venderam a idéia do longa-metragem como algo revolucionário. Mas convenhamos, como é que um filme de super-herói visando apresentar e explicar sua origem em apenas 1h e 20min poderia ser bom? Não se deixe enganar pelo título auto-imposto "super-herói realista". É só mais um filme de ação do Will Smith. E esse realmente é muito ruim!


2 - O PROCURADO - O filme é somente uma soma de plágios, "referências", e "homenagens" a outros filmes. Dos que eu me lembro: Matrix, Exterminador do Futuro 2, Homem-Aranha, Star Wars, entre outros. Tudo isso na vã tentativa de compensar a falta de atividade cerebral do diretor. Não que eu não curta efeitos especiais (muito pelo contrário), o problema é quando eles não existem para somar à história, tornando-se assim redundantes e monótonos. O pior é que isso é moda em Hollywood...

3 - RAMBO IV - imagine um filme de guerra com a violência indescritível do mangá "Éden". Agora imagine isso sem roteiro. É mais lamentável ainda porque "Rocky Balboa" (2006) é um bom filme e gerou toda uma expectativa sobre a nova missão do personagem-ícone do Stallone. Foi com certeza a hora e meia mais longa do ano pra mim.



4 - STAR WARS, A GUERRA DOS CLONES - é de se perguntar: "será que o George Lucas já não tem dinheiro o bastante?". O cara já garantiu que os filhos, netos e bisnetos nunca mais precisem trabalhar na vida, então por que alguém com tanto dinheiro precisaria denegrir ainda mais a mitologia da saga que o elevou ao panteão do cinema pop? Só pra conseguir mais uns trocados dos seus fãs? Como se não bastasse ser citado no número 4 da minha lista, ele também é diretamente responsável pelo número 5...


5 - INDIANA JONES E O REINO DA CAVEIRA DE CRISTAL - não é que o filme não tenha nada de interessante, mas foi uma espera longa demais, e o resultado foi mais um blockbuster esquecível entre os inúmeros que Hollywood produz todo ano. Talvez os fãs tenham ficado satisfeitos em rever o mesmo elenco, os mesmos personagens e as referências, porém não estou aqui falando de saudosismo infantil. Transformar o maior herói do cinema em uma "franquiazinha" caça-níqueis, sem criatividade e que rouba clichês de filminhos adolescentes é inaceitável. É a "meca do cinema" provando mais uma vez que não perdoa nem os clássicos...







quinta-feira, 7 de maio de 2009

QUADRANTE X Nº10

Finalmente, o Quadrante X nº10 chegou às bancas.
E por muito pouco tempo!
A tiragem foi toda vendida em apenas 6 dias!!
Por mais que seja óbvia a evolução artística e a melhoria notória desta edição em relação às demais, ninguém poderia imaginar que fosse fazer tamanho sucesso.
Rasgação de seda à parte, comparem vocês mesmos:



Quadrante X nº9

Quadrante X nº10
A verdade é que a escolha do tema (super-heróis) também favoreceu isso, por propiciar a construção de imagens mais "marvelísticas" e extrapolar no uso e desconstrução dos clichês do gênero mais popular das HQs.
Todo o trabalho com o Q Studios também teve sua parcela de "culpa", afinal, quadrinhos e cinema convivem em perfeita simbiose.
Além da capa colorida, o que percebe-se é o trabalho competente do Jacques ao diagramar a revista e conferir à mesma uma identidade visual a cada página. Nas histórias, ao aliar o melhor do traço de cada artista do núcleo, o processo de criação tornou-se mais ágil e esteticamente comercial.

Enfim, após autobajular a publicação ao extremo encerro com a frase que confirma a promessa que fiz aos demais integrantes do Quadrinhos S.A. em 2008:

ESSE É O MELHOR QUADRANTE X DE TODOS OS TEMPOS! (Por enquanto)