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quinta-feira, 27 de maio de 2010

A BATALHA DOS TRÊS REINOS (2008)



Um filme de ação. Um filme de luta. Um épico histórico repleto de combates entre exércitos numerosos.
Antigamente ouvir esse tipo de definição era algo capaz de soar interessante. Hoje em dia, não mais.

Então, porque eu iria incluir um filme desses na lista dos longa-metragens potencialmente legais lançados em 2010?
Eu poderia dizer que a resposta a esse questionamento é o fato de essa obra ter recebido ótimas críticas em diversos sites e revistas especializados, mas eu com certeza estaria mentindo se atribuísse a causa dessa escolha a apenas esse fator.
A verdade é que a principal razão é o diretor responsável por essa realização cinematográfica: John Woo.

É fato que pouca gente ainda lembra desse cara ou ainda o considera relevante, afinal, desde sua migração para Hollywood quase nada que ele dirigiu valeu sequer meio ingresso. Mas quem conhece sua carreira pregressa quando ainda realizava filmes na República da China sabe que o potencial dele apenas não foi devidamente empregado na “meca do cinema”.
Esse “A Batalha dos Três Reinos” é mais um dos trabalhos do diretor, que dessa vez conta uma história bem característica das produções cinematográficas chinesas mais facilmente encontráveis na locadora perto da sua casa, ou seja: épicos históricos de ação e lutas com exércitos numerosos.
Porém, para o cineasta esse não é um trabalho tão característico, afinal, apesar de trabalhar coreografias bem elaboradas de luta em seus filmes anteriores, tratava-se de uma ambientação bem mais atual em sua grande maioria.
Ao relatar os eventos da tal batalha, tendo por base o romance escrito por Luo Guanzhong, John Woo corre um sério risco de adicionar mais um prego no caixão de sua carreira no cinema, após tantos fracassos seguidos.
Para o bem dos fãs, “Red Cliff” está longe disso.



O diretor possui um estilo próprio e logo de início provoca no espectador dúvidas quanto ao motivo que o manteve tanto tempo sem levar às telas de cinema algo que preste.
Sem delongas, as lutas logo estão presentes. Mas não se engane, isso não é um defeito. Não é interesse de John Woo disfarçar alguma limitação do roteiro com o excesso de ação. Diferente da maioria dos blockbusters hollywoodianos, ele tem um enredo interessante e que se desenvolve com boas ideias, tendo somadas a ele excelentes sequências de luta quando isso se faz necessário.
A linguagem dos combates segue as regras do cinema do diretor, com ação coreografada, exageros na medida certa, narrativa quase quadrinhística, personagens cativantes, e uma noção de irmandade entre aliados e inimigos em um misto de honra e tragédia bastante adequado.



O elenco liderado pelos experientes Tony Leung e Takeshi Kaneshiro desempenha sua função sem dificuldades, em um resultado que acrescenta dramaticidade à trama que transita entre as cenas de guerra e o bem elaborado confronto estratégico envolvendo os três reinos do título.
Aliás, essa abordagem apresentando a estratégia como elemento diferencial é na realidade um dos principais acertos do filme, que não é cansativo em momento algum e que mesmo quando utiliza clichês o faz de modo inteligente. Sobra espaço inclusive para a auto-referência a obras anteriores de John Woo, tudo isso com o devido cuidado e precisão, sem que transpareça como evidência de falta de criatividade.
Muito pelo contrário. Os elementos são agregados de maneira harmônica, de forma que a maioria do público nem irá perceber as tais referências.

O visual caprichadíssimo só acrescenta qualidades ao filme, surgindo na forma de paisagens deslumbrantes, fotografia estilosa e representações magníficas da armada naval que estrela um dos principais momentos da história.


Surpreende especialmente por utilizar esses aspectos de modo tão equilibrado, sem seguir a tendência que assola Hollywood de investir fortunas no visual made in computador visando meramente convencer o público que o fato de terem sido gastos milhões nesses elementos acessórios compensa uma construção narrativa óbvia e redundante que recicla conceitos e ideias de outras produções.
Red Cliff é um exemplo de cinema que os produtores dos grandes estúdios estadunidenses vão continuar ignorando enquanto as bilheterias demonstrarem que qualquer porcaria serve para o público-médio desde que haja efeitos CG em profusão e marketing alienante e excessivo ligado às suas novas empreitadas.


Para quem curte filmes de ação, épicos de história, ou é fã de longa-metragens bem feitos sem deixar de lado a inteligência no roteiro, “A Batalha dos Três Reinos” é uma garantia de tempo bem investido, e a certeza de que John Woo ainda sabe realizar bons filmes.



Quanto vale: um ingresso.

A Batalha dos Três Reinos
(Red Cliff)

Direção: John Woo
Duração: 150 minutos
Ano de produção: 2008
Gênero: Épico / Ação

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A VINGANÇA DO ARQUIVISTA - Action Figures


E na véspera da anunciada data de início das filmagens de "O Retorno do Arquivista", continuação da franquia de sucesso do Q Studius, a empresa "Q Toys S.A.", pertencente ao mesmo conglomerado do Quadrinhos S.A. e do Q Studius, acaba de lançar a primeira linha de action figures com os personagens do cultmovie arquivístico.
Por enquanto a empresa apenas disponibilizou uma imagem do boneco representando o protagonista do filme.
Com mais de dois pontos de articulação, o action figure do personagem "Arquivista"  deve chegar às lojas em breve.




Mais informações sobre A Vingança do Arquivista, O Retorno do Arquivista, o Q Studius, e os lançamentos do Q Toys S.A., podem ser conferidas logo no Blog do Ibaldo e na Comunidade da Vingança do Arquivista no Orkut.

sábado, 22 de maio de 2010

CICLO DE CINEMA HISTÓRICO - A (Re)Trajetória Alemã

E nesse mês, o Ciclo de Cinema Histórico retoma suas atividades, dessa vez com filmes que apresentam uma perspectiva histórica do Cinema alemão, no Ciclo "A (Re)Trajetória Alemã", com uma seleção de 12 obras cinematográficas que interpretam aspectos da Alemanha, principalmente do século XX, marcada por guerras, censuras e por expressões artísticas de destaque na conjuntura mundial.

O Ciclo de Cine Histórico acontece no auditório do prédio da reitoria da UFSM, sala 303, e tem entrada franca. 

 
24 de Maio de 2010
Segunda, 19h
A Onda (Die Welle)
(Alemanha, 2008, 101’)
Direção: Dennis Gansel



26 de Maio de 2010
Quarta, 19h
Do outro lado (Auf der Anderen Seite)
(Alemanha/Itália/Turquia, 2007, 122’)
Direção: Fatih Akin



27 de Maio de 2010
Quinta, 19h
O Enigma de Kaspar Hauser (Jeder für Sich und Gott Gegen Alle)
(Alemanha, 1974, 110’)
Direção: Werner Herzog



28 de Maio de 2010
Sexta, 19h
Alameda do Sol (Sonnenallee)
(Alemanha, 1999, 95’)
Direção: Leander Haussmann



31 de Maio de 2010
Segunda, 19h
A Vida dos Outros (Das Leben der Anderen)
(Alemanha, 2006, 137’)
Direção: Florian Henckel von Donnersmarck



2 de Junho de 2010
Quarta, 19h
Asas do Desejo (Der Himmel über Berlin)
(Alemanha, 1987, 127’)
Direção: Wim Wenders



7 de Junho de 2010
Segunda, 19h.
Mephisto (Mephisto)
(Alemanha Ocidental/Áustria/Hungria, 1981, 144’)
Direção: István Szabó


9 de Junho de 2010
Quarta, 19h.
O casamento de Maria Braun (Die Ehe der Maria Braun)
(Alemanha Ocidental, 1979, 120’)
Direção: Rainer Werner Fassbinder



10 de Junho de 2010
Quinta, 19h.
O tambor (Die Blechtrommel)
(Alemanha Ocidental/França/Iugoslávia/Polônia, 1979, 142’)
Direção: Volker Schlöndorff



11 de Junho de 2010
Sexta, 19 h.
Arquitetura da Destruição (Undergågens Arkitektur)
(Suécia/Alemanha, 1992, 121’)
Direção: Peter Cohen


14 de Junho de 2010
Segunda, 19h.
O Anjo Azul (Der Blaue Engel)
(Alemanha, 1930, 99’)
Direção: Josef von Sternberg


16 de Junho de 2010
Quarta, 19h.
O Gabinete do Dr. Caligari (Das Cabinet des Dr. Caligari)
(Alemanha, 1920, 71’)
Direção: Robert Wiene







quarta-feira, 19 de maio de 2010

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS (2010)



O 3D é a solução.
Pelo menos para quem vive da venda de ingressos.
Com a possibilidade de obter qualquer filme por meio da Internet antes mesmo de ser lançado, o público cada vez menos ia ao cinema.
O Avatar de James Cameron teve vital importância ao apontar um novo rumo possível para solucionar esse contexto.
De repente torna-se moda investir na nova tecnologia, e consequentemente arrecadar quantias cada vez maiores nas bilheterias.
Sendo assim, nada mais óbvio que um diretor com um estilo tão visual quanto Tim Burton, investir também nessa nova tendência do cinema, como forma de compor uma obra digna de sua inventividade tão conhecida pelos seus trabalhos anteriores.
A escolha da história clássica de Lewis Caroll, Alice no País das Maravilhas, surgiu como outra escolha mais que adequada, afinal, trata-se de um prato cheio para a reinvenção sombria que o diretor costuma pôr em prática em seus trabalhos.



De início, Alice In Wonderland não demonstra tudo isso.
A história se desenrola no mundo real, onde não há espaço para a extrapolação multicolorida exibida nos trailers do filme. Porém, já é possível perceber o cuidado com os detalhes, desde o figurino, até a excelente direção de fotografia.
Logo, a ação é transferida para Wonderland, onde parece que a ambientação finalmente torna-se digna do esperado. Aproveitando-se do fato de se tratar de um mundo fantástico, Tim Burton não tenta criar um mundo hiper-realista. Tudo é deslumbrante, se assemelhando a um sonho da protagonista, o que vai ao encontro do que é proposto no longa-metragem.
O elenco, novamente liderado por Johnny Depp e Helena Bonham-Carter, está acima da média, conforme o esperado.
Tudo parece perfeito em Wonderland.
Apenas parece.


Diante de tamanha gama de potencial a ser explorado, Tim Burton perde o controle de seu novo universo CG.
A história, costumeiramente tão bem utilizada em favor do envolvimento dos seus carismáticos personagens, tende ao comum, quase por descaso.
Fica a sensação de que o diretor se acomodou com seu próprio talento, deixando muito a cargo da aceitação do público dessa experiência visualmente fascinante.
Mas obviamente dedicar atenção excessiva à construção estética não resolve o problema de um roteiro sem muito a dizer, elaborado com base em piadas fáceis, sustentando-se em algumas boas ideias bem executadas por meio dos efeitos especiais e no desempenho dos atores.
Não que seja um defeito vislumbrar sempre uma paisagem repleta de elementos interagindo entre si. Nesse aspecto a direção acerta plenamente.
Porém, a utilização previsível da moral da história, tão evidente desde os primeiros minutos, de maneira similar ao que ocorre com o enredo, sem qualquer surpresa até o final do filme, e sem conseguir a necessária tensão dramática entre os personagens na tela, o andamento da história fica prejudicado, deixando um tanto cansativa para o espectador, a jornada de Alice.



Ainda assim, o sucesso nas bilheterias tende a convencer Tim Burton que essa profusão tecnológica é um recurso a ser explorado em seus próximos filmes. Fica a expectativa que isso ocorra de maneira harmônica da próxima vez, afinal, ao público mais exigente, o deslumbramento inicial não permanece por muito tempo quando não há um envolvimento com o roteiro que é apresentado.


Não se trata de um longa-metragem sem qualidades a oferecer, mas está longe de ser um grande filme, afinal, era um conteúdo muito despretensioso e comum para uma embalagem tão sofisticada.

Sendo assim, Tim Burton consegue o impensável e realiza um filme que só vale meio ingresso, quando muito.
É uma pena.

Quanto vale:


Alice o País das Maravilhas
(Alice in Wonderland)
Direção: Tim Burton
Duração: 108 minutos
Ano de produção: 2010
Gênero: Aventura / Fantasia


quinta-feira, 13 de maio de 2010

ILHA DO MEDO (2010)



Quando eu incluí este filme na lista de filmes para ver em 2010 eu não fazia a menor ideia do que esperar.
Sem ter assistido nenhum trailer até então, permanecia uma incógnita a história ou visual que comporiam esse longa-metragem.
Mas com certeza o que garantiu sua presença na lista foi o fato de o diretor ser Martin Scorcese.
Frequentador assíduo entre os indicados ao Oscar, Scorcese tem em sua carreira um histórico de excelentes filmes, e uma forma muito própria de fazer cinema.

De imediato, “Ilha do Medo” nos mostra que trará essa linguagem peculiar ao longo do filme. É uma estética diferente, que cria uma atmosfera singular nas obras do diretor. A soma da ótima trilha sonora, com a direção de fotografia estilosa e a narrativa elegante da história, funciona adequadamente ao filme, que se enquadra ao gênero suspense, e nesse caso um suspense de verdade, não a recorrente apelação para esquartejamento e tripas da maioria dos filmes em cartaz nas locadoras.
Scorcese é um diretor à moda antiga, fazendo uso de trucagens de edição, trilha sonora de época, marcante e imponente, e exigindo do elenco carregar nas costas a maioria das cenas do filme, simplesmente com a atuação.
Tendo dito isso, não espere o Leonardo DiCaprio na função de galã que desvenda os crimes sem abalar a pose de herói hollywoodiano. A parceria do diretor e do ator nos últimos filmes mostra visível equilíbrio a cada novo trabalho, e dessa vez a atuação de DiCaprio é mais uma vez acima da média.
E se tratando de uma equipe tão diferenciada, a trama não poderia ser tão comum. Apesar de apresentar elementos na história por vezes comuns, a narrativa não deixa dúvidas de que estamos vendo uma obra pelo menos incomum nos cinemas de hoje em dia.

Versando a respeito da loucura, e possibilitando momentos de tensão bem orquestrados, “Shutter Island” parece realmente ter sido filmado nos anos 50, quando a história se desenvolve, mas não deixa que isso se manifeste na forma de uma construção fílmica defeituosa, muito pelo contrário.
A poesia visual é estabelecida nos devaneios do protagonista, sem o auxílio de um exagero CG, ficando a cargo da direção de fotografia e de algumas boas ideias caracterizar as cenas com o requinte necessário.
Tecnicamente perfeito, consegue prender a atenção mesmo sem contar com ação ininterrupta, ou mesmo um roteiro inovador, optando pelo desenvolvimento de um enredo interessante, repleto de bons diálogos, apresentando um olhar sobre a insanidade em um enredo simples, mas com certeza não convencional.

 
Pode ser realmente decepcionante para quem for esperando assistir mais uma produção cinematográfica genérica em que o objetivo é enganar o espectador por duas horas de metragem para simplesmente revelar um mistério nos minutos finais, tentando justificar o pretenso suspense apresentado.
A visão de Scorcese é bem diferente disso, e mesmo que tenha um mistério a ser revelado, este não existe meramente com fins de entretenimento. Trata-se de um recurso para que um questionamento seja apresentado. Algo que uma frase no fim do filme torna claro, permitindo uma diferente leitura da obra quando a sessão chega ao fim.

Infelizmente, por mais que existam qualidades no filme, há com certeza uma intenção desnecessária em se enquadrar em um padrão aceitável ao público. Ainda que isso seja compreensível, devido ao fato de que um grande estúdio prefere investir em um filme que garanta retorno financeiro, esse interesse acaba prejudicando o andamento de um longa-metragem com um potencial não explorado em sua totalidade.

Resumindo, mesmo não sendo o melhor filme que Martin Scorcese já dirigiu, vale um ingresso, sem dúvida.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O LIVRO DE ELI (2010)


A cena inicia sorrateiramente por entre árvores imersas em uma desolada paisagem, enquanto cinzas caem e dão um tom lúgubre ao começo do filme.

O pouco que eu sabia, aliás, a respeito do enredo me dizia que esse era um modo mais que adequado de apresentar o mundo pós-apocalíptico dessa obra, que se passa em meio a um cenário construído com características de um western sob escombros.
Só o que se sabe a princípio é que o protagonista interpretado por Denzel Washington está sobrevivendo nesse mundo devastado e que alguma possível guerra foi responsável por mostrar à raça humana qual o preço por sua ganância.

Até aí nada demais. 
E por um bom tempo de metragem o filme transita por lugares-comuns do cinema pós-hecatombe realizado com orçamento relativamente modesto. A ambientação lembra (muito) Mad Max, o que não é demérito. A ação ocorre sem grandes explosões ou efeitos especiais.

É um tanto simples, mas funciona bem.

 

Os diretores, os Irmãos Hughes, utilizam corretamente a atmosfera do filme, com uma fotografia executada com precisão para um blockbuster acima da média mostrando algumas belas seqüências em que as cidades destruídas adquirem um aspecto de pintura estática, quase com um ar contemplativo da vastidão caótica.
Inicialmente, as causas do contexto apresentado são contadas lentamente, enquanto a saga do livro mencionado no título se desenvolve.
Então as informações começam a se somar e criar uma visão curiosa de futuro nessa distopia hollywoodiana.


Diferentemente da maioria dos exemplares do gênero, O Livro de Eli é um blockbuster de ação que não centra sua atenção necessariamente na ação. Há tiroteios e alguma ou outra explosão, além de algumas lutas consideravelmente violentas, e muito bem filmadas, por sinal. Mas o que fica evidente é a intenção de realizar um filme com algo a dizer, e isso sem mascarar nem um pouco o discurso do roteiro.


A mensagem transmitida é tão inusitada em combinação com o estilo da obra, que lhe atribui um caráter de ousadia poucas vezes visto no cinema atual. Outrora seria piegas, hoje é algo raro no cinema-pipoca.
Aproveitando essa informação nova que a princípio causa um estranhamento no espectador, os diretores vão estabelecendo ao longo das seqüências cadenciadas as características desse mundo novo e da jornada do protagonista.


Apesar de não ser necessariamente perfeito em sua abordagem, ainda assim, o roteiro reserva várias ideias inteligentes para o filme, que surpreende em certos momentos, e propõe a discussão mostrando os dois lados da moeda, apesar de certamente possuir uma opinião definida quanto ao tema.

No fim das contas, O Livro de Eli não tem o poder dramático necessário para ser considerado um novo épico de ação pós-apocalíptico, mas funciona suficientemente como blockbuster de ação, e merece crédito por ousar e propor o debate sobre questões complexas, mesmo que de uma maneira por vezes convencional demais.

 


Ainda assim, o filme diverte, aliando a ideia central da trama com ótimas seqüências de ação em plano sequência e algumas reviravoltas interessantes, e mesmo não sendo perfeito, vale Um ingresso por trazer uma considerável dose de inteligência através de um produto visando o mercado comercial.
Assistam e tirem suas conclusões, afinal, esse é um dos méritos dos filmes legais: permitir que haja algo pra discutir quando acaba a sessão.

O Livro de Eli
(The Book Of Eli)
Direção: Irmãos Hughes
Duração: 118 minutos
Ano de Produção: 2010
Gênero: Ação / Ficção Científica