Pages

quarta-feira, 30 de junho de 2010

FÉRIAS

Mas não há motivo para caos e desordem nas ruas da cidade.

O Blog do Ibaldo vai ficar em recesso nos próximos 5 ou 6 dias, até pra trabalhar nos detalhes finais da Exposição do Dia Mundial do Rock organizada pelo Quadrinhos S.A., e no tempo que restar, dormir o tempo que eu não dormi durante o TCC.

Então, enquanto rola o primeiro tempo de descanso bloguístico desde 2008, aguardem até a próxima semana, com notícias sobre a Expo Rock.

Até.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


Por pouco as atividades do blog não cessaram nas últimas semanas.
Felizmente foi possível conciliar a produtividade de ao menos uma postagem por semana nesses tempos.
O motivo da potencial interrupção foi a realização do meu Trabalho de Conclusão de Curso na faculdade de Arquivologia, e a cena que se repetiu ultimamente foi essa abaixo.



Mas eis que o término da faculdade se aproxima.
E em consequência do trabalho de pesquisa que vem sendo realizado desde 2008, a defesa da monografia ocorre na próxima segunda-feira, dia 28/06.

Com orientação dos professores Carlos Blaya Perez, e Vanderlei Batista dos Santos, o trabalho intitulado "Casa de Memória Edmundo Cardoso: Histórias em Quadrinhos como Ferramenta de Marketing e Difusão em Arquivos" visa uma análise das HQs mediante seu potencial de divulgação em instituições arquivísticas.
Sendo assim, estão todos convidados para a apresentação que ocorre no prédio 74 do Campus da UFSM, na sala 2265, às 8hs da  manhã.


Aguardemos.
Até.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O CAÇADOR (2008)



Fora dos padrões.
Assim é o novo cinema produzido no oriente.

Apesar das particularidades que caracterizam o que pode ser chamado de um “estilo” oriental de filmar, o que geralmente caracteriza essas produções é o total desapego a convenções ou fórmulas prontas construídas pela experiência de outros cineastas ao longo da história da sétima arte.
Exemplos disso existem aos montes, mesmo que não sejam encontrados em cartaz no cinema perto da sua casa. Mas dentre esses exemplares de alternativas ao que é realizado em Hollywood, um país tem se destacado recentemente.
A ousadia da cinematografia feita na Coréia do Sul é demonstrada muito pela variedade de temas presentes nessas obras, que vão de épicos de guerra ao estilo “O Resgate do Soldado Ryan” (1998), evidenciado por “A Irmandade da Guerra” (2004), até o cinema de monstros, o que é atestado pelo excelente “O Hospedeiro” (2006).


Mas o que é o gênero cinematográfico mais recorrente proveniente desse país é o cinema de ação.
Diretores como Park Chan-Wook e Bong Joon-Ho têm estabelecido uma forma absolutamente própria de contar suas histórias, e o diretor do filme em análise aqui parece seguir a mesma linha.
Porém, apesar de possuir elementos que se assemelham aos trabalhos desses dois diretores, a principal comparação desse ”O Caçador” é com um dos melhores filmes de suspense policial de todos os tempos, que por acaso é oriundo dos EUA.
As convergências com o clássico de David Fincher, Se7en (1995), nesse caso não são evidências de falta de talento ou ausência de criatividade.

O que permanece entre os dois longa-metragens é o clima e forma como a história é construída, praticamente não dando valor à função que os personagens desempenham na trama. Não faz diferença se for herói, vilão, homem, mulher ou criança. Se em um filme americano isso costumeiramente determina se muitas situações serão vivenciadas pelos personagens, nesses filmes mencionados acima isso é totalmente irrelevante.
O roteiro narrado pelo cineasta Na Hong-Jin é uma jornada de tensão ininterrupta, que sem delongas apresenta seu protagonista de altruísmo questionável. Um cafetão ex-detetive de polícia parte em busca de uma de suas “funcionárias”, que desapareceu após ir atender o chamado de um cliente. Até aí, uma sinopse não muito impressionante, eu sei.
No entanto, o que torna a trama interessante não é sua premissa, e sim a forma como é contada.

Não há espaço para tiroteios intermináveis, ou um pretenso mistério fajuto, tentando prender a atenção do público e compensar a incapacidade do desenvolvimento do enredo de fazer isso. É na verdade uma corrida contra o tempo, bastante verossímil apesar de seus recursos de estilização, em que a maioria dos cacoetes do cinema de investigação policial são desconstruídos.
Há quem possa estranhar a estrutura narrativa empregada, que torna tão difícil definir exatamente o que é esse filme. Afinal, não se trata de uma mera caça ao assassino, ou filme sobre serial killer, ou simples ação. É tudo isso, mas não apenas isso, sendo mostrado com uma intensidade que surge como grande destaque da trama.
A atuação da dupla antagônica é tão envolvente que chega a ser algo perturbador, e aliás, essa palavra define muito do que o filme transmite. Se o herói do filme não é um exemplo de caráter, o que dizer do vilão? Completamente desprovido de emoção ou resquício de remorso por seus atos, representa sua insanidade por meio de uma atuação indecifrável e brutal.


As cenas dramáticas, de tortura, lutas, são executadas com frieza e um estranho realismo, criando momentos de absoluta carga visceral, por vezes hediondamente belas em sua violência esteticamente pensada para ser chocante, mantendo ainda assim o interesse artístico do autor.
Isso sem falar que o filme possui uma das sequências de luta mais perturbadoras e incômodas do cinema atual. Na Hong-Jin comanda seu elenco a ponto de não haver modo de visualizar até onde eles estão atuando, e de sequer imaginar que aquilo não é uma filmagem de uma luta real, e que realmente alguém não vá morrer ao fim da cena.
Talvez pareça exagero, mas isso apenas para quem ignorar o fato de que esse conto policial provavelmente não está muito distante do que seria uma investigação real, em que as coisas não ocorrem de acordo com um plano miraculoso de quem a investiga, e que as coisas podem sair errado pra qualquer um, isso sem falar na dificuldade de lidar com questões como a burocracia que permeia a ação da polícia.


Superior à esmagadora maioria dos exemplares desse gênero de cinema produzidos no ocidente, o filme coreano “O Caçador” mostra que não foi sem motivo sua presença na Seleção Oficial em Cannes, e vai pra extensa lista dos bons filmes que não vão passar na Tela Quente.

Quanto vale:

O Caçador
(Chugyeogja)
Direção: Na Hong-Jin
Duração: 125 minutos
Ano de produção: 2008
Gênero: Ação / policial

quinta-feira, 17 de junho de 2010

HOMEM DE FERRO 2 (2010)



O que transforma um reles filme em uma franquia multimilionária de sucesso, capaz de influenciar e interagir com a cultura pop mundial nas mais diversas mídias?
Seria uma necessidade de um contexto social, que é suprida por uma série de ideias e elementos presentes em uma determinada obra cinematográfica?
Ou talvez a capacidade de criar um universo tão interessante em suas regras particulares que provoca no espectador uma necessidade de acompanhar os personagens em novas jornadas nas telas?
Seja qual for a resposta, Jon Favreau deve saber.

Afinal, antes de 2008 o herói Iron Man era conhecido especialmente pelos fãs de quadrinhos, preso a um público segmentado e sem conseguir burlar as amarras do meio 2D em que foi criado.
Parecia difícil a transição para as telas, semelhante ao Hulk, ou conseguir tamanha identificação com o grande público do modo que o Homem Aranha foi capaz.
Porém, depois de 2008 isso mudou completamente.
Quase de maneira despretensiosa o filme de 2008 criou uma indescritível expectativa quanto à sequência, e o inusitado herói finalmente tornava-se unânime como uma das principais apostas de blockbuster da temporada.

Uma receita básica quando se fala em sequels, é que os filmes devem aumentar a escala, agregando novos elementos aos já existentes nos filmes anteriores. O diretor Jon Favreau com certeza conhece bem essa receita.
Por também possuir uma carreira na função de ator, o cineasta sabe muito bem que não são necessários meramente efeitos especiais para construir uma grande história. E às vezes nem mesmo uma grande história para criar um bom filme. Um personagem cativante já é o suficiente. Foi isso que aconteceu no primeiro longa-metragem, mas seria arriscado depender apenas disso uma segunda vez.
Sendo assim, qual a principal diferença entre Iron Man (2008) e Iron Man 2 (2010)?
A resposta é simples e complexa: roteiro.

Poucas vezes um blockbuster de ação soube aliar um timing tão apurado nos diálogos com um senso de humor igualmente eficaz. O elenco, em grande parte o mesmo do movie anterior, responde a isso de maneira positiva, interagindo em cenas repletas de improvisos milimetricamente conduzidos pelo diretor.
Ousado? Nem parece. 
Assistindo o filme, transparece o quanto os atores parecem confortáveis interpretando seus papéis, e é nesse ponto que Iron Man 2 constrói sua trama voltada aos personagens, de modo que sua interação desencadeie a sempre competente ação pirotécnica realizada pelo diretor Jon Favreau.

Com isso, mesmo que o trailer conte informação demais a respeito da estrutura narrativa utilizada, ainda restam muitas surpresas e inúmeras referências que farão a alegria dos fãs de HQs, que verão a gênese do supergrupo Vingadores desta vez inegável, e não apenas uma menção oculta nos créditos finais.
Muitos talvez questionem o relativamente curto tempo de explosões e pirotecnia apresentado, sem perceber que a fórmula de sucesso das melhores franquias de Hollywood reside exatamente na observância dos aspectos que ligam uma cena de ação a outra.
Essas lacunas são preenchidas com recursos que, se não são originais, conseguem funcionar devido à sintonia entre diretor e elenco, além do roteiro que valoriza os personagens, garantindo tempo de tela suficiente para que cada um seja marcante ao seu modo. É óbvio que alguns obtêm destaque, especialmente Downey Jr, Scarlett Johanson, Don Cheadle, e a atuação estarrecedora de Mickey Rourke, um vilão digno e convincente, cuja estruturação principia nos minutos iniciais do filme e se estende a cada sequência em que aparece roubando a cena, em contraponto ao outro arqui-rival do protagonista, que na interpretação de Sam Rockwell beira o caricato, e só não prejudica o andamento do filme por contracenar com atores que o deixam em segundo plano.

A eficácia da história é demonstrada ainda pela variedade de histórias paralelas bem contadas e coerentes entre si, que vão desde a motivação do vilão Ivan Vanko, à participação da S.H.I.E.L.D., a influência que a existência do Homem de Ferro desencadeia no cenário político mundial, até o viés de humor-dramático representado pelo ímpeto excêntrico e autodestrutivo de Tony Stark, reservando ainda uma surpreendente cena extra, que foi propositalmente deixada após todos os créditos por ser destinada exclusivamente aos conhecedores das histórias da Marvel Comics.

A escolha dessa e de outras referências aos quadrinhos impede que a totalidade dos espectadores capte todas as informações transmitidas, mas não diminui o divertimento que essa obra proporciona. Afinal, não se trata de uma tentativa de soar cult dizendo que o público não entendeu o que o filme quis dizer, e sim uma ferramenta para ganhar dinheiro, e não há nada de errado com isso desde que seja feito com a mínima integridade e respeitando a inteligência da plateia.        
Ainda assim, o ar de despretensão ainda permanece, como se o êxito fosse consequência de um mero brainstorm filmado, do qual muitas boas ideias ainda restam para um óbvio e aguardado próximo filme.



Tendo realizado um filme ação praticamente perfeito, Jon Favreau une-se a Sam Raimi, Brian Singer e Christopher Nolan, na lista dos melhores diretores de adaptações quadrinhísticas da última década, e deveria servir de referência para a maioria dos pseudodiretores de filmes de ação que ainda acreditam que a qualidade dos efeitos especiais pode compensar um roteiro comum e redundante.

Quanto vale: 1 ingresso e meio

Homem de Ferro 2
(Iron Man 2)
Direção: Jon Favreau
Duração: 124 minutos
Ano de produção: 2010
Gênero: Ação

quarta-feira, 9 de junho de 2010

HOMEM DE FERRO (2008)


Quando este filme estreou, o cinema de HQs encontrava-se em um período de transição.
Havia passado o frenesi inicial, e já não era o bastante produzir um longa-metragem tendo no cartaz uma frase semelhante a “adaptação de uma famosa série de Histórias em Quadrinhos”.
A receita pronta tinha sido explorada ao extremo, e alguns novos ícones surgiram, enquanto muitos outros fracassos caiam no esquecimento. A tal transição haveria de definir os rumos que as próximas adaptações iriam tomar.


Mais sério e sombrio, semelhante a X-Men ou Batman Begins, ou mais humorado e aventuresco, seguindo o exemplo do Spiderman?
Popular entre os fãs de HQs, o Iron Man era um semidesconhecido entre o público em geral. A missão do recém criado Marvel Studios era estabelecer seus personagens nas telonas de modo que o risco de investimento inicial fosse dirimido de maneira rápida e pouco prejudicial aos seus cofres.
Mas qual seria a abordagem adequada?

O diretor Jon Favreau era mais conhecido por sua carreira de ator, e por seu sucesso voltado ao público infantil, “Zathura” (2005).
De que forma contaria a história do ricaço Tony Stark que abandona o conforto de sua fortuna para combater o crime utilizando a armadura de combate por ele criada?

A escolha do ator que interpretaria o protagonista era a resposta a este questionamento.
Ao optar por Robert Downey Jr. para estrelar o filme, Favreau garantiu aos executivos da Marvel o melhor intérprete possível, e o pilar de sustentação para sua produção. Se todo o resto falhasse, ao menos Downey Jr. entregaria uma atuação convincente.
Mas o cineasta não contava apenas com essa carta na manga.


De estilo bastante visual, ele carrega as cenas com sua visão estética digna dos melhores videoclipes. A edição rápida e bem executada dita um ritmo de ação quase ininterrupta, conduzindo o espectador ao longo da metragem contando a história de origem como se o herói fosse antigo conhecido do público.
A empatia com a plateia é imediata.
Tony Stark é tão repleto de defeitos de caráter que é difícil não lhe atribuir alguma veracidade, praticamente como se ele fosse inspirado em algum político corrupto da atualidade. O ator constrói sua performance sem deixar dúvidas de que o Stark canalha é apenas uma representação de uma vasta gama de cafajestes que tomam o poder, ou o adquirem por herança, etc, e agem de modo egoísta atropelando quem estiver no caminho, sem olhar pra trás evitando assim qualquer remorso.

O elenco de apoio não chega a ter esse destaque, mas funciona razoavelmente.
Porém, em um filme desses, se a ação for legal, geralmente é o suficiente para oportunizar o êxito nas bilheterias.
E quanto a isso, não há o que reclamar. Os efeitos especiais são bem feitos, e atribuem uma ideia de densidade metálica muito convincente. A cada combate fica mais evidente o interesse do diretor em inserir no seu filme um ar de realismo no design que não o afastasse tanto da realidade.
Mas infelizmente essa tentativa de criar uma alegoria anti-belicista tropeça na exigência que um filme de alto orçamento possui. Lucro.

O roteiro é divertido, repleto de ação e ideias interessantes, mas o receio de que nem isso fosse o suficiente para recuperar o dinheiro investido obrigou a inclusão do erro mais recorrente do cinema hollywoodiano. É aquele raciocínio: “se já funcionou antes, deve funcionar de novo”, somado a “vamos simplificar, se complicar demais eles não vão entender”.

Sendo assim, a palavra da ordem é “clichês”, algo que é evidenciado especialmente pela luta final, contra um vilão que só não é menos plausível devido à origem nos quadrinhos, em que nem sempre é preciso fazer sentido pra ser aceito como algo convincente.




Aos poucos o potencial da obra vai sendo desperdiçado pela previsibilidade da história e soluções fáceis empregadas, que ajudam a tornar um potencial filme de HQ com um inusitado discurso crítico, em um mero blockbuster de ação, acima da média, mas sem a profundidade temática que poderia.

Ainda assim, o apuro técnico do diretor, e a presença marcante do protagonista sustentam o longa-metragem, que é entretenimento bem realizado, e que deixa muitas possibilidades para a sequência do filme.



Quanto vale: Um ingresso.


Homem de Ferro
(Iron Man)

Direção: Jon Favreau

Duração: 126 minutos

Ano de produção: 2008

Gênero: Ação

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A VINGANÇA DO ARQUIVISTA - Action Figures

E prosseguindo com o trabalho de merchandising do curta-metragem "A Vingança do Arquivista", o "Q Toys S.A." divulga o segundo boneco da linha de personagens de ação do filme para a imprensa.
Dessa vez, é o coadjuvante "Chefe", que chega em uma versão com mais de 1 ponto de articulação.



Por enquanto nenhuma notícia quanto ao anunciado filme que dá continuidade à franquia do Arquivista.
Mas é aguardado para breve o início das filmagens.

Mais informações no Blog do Ibaldo ou na comunidade da Vingança do Arquivista no Orkut.
Aguardemos.