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sábado, 30 de outubro de 2010

SHIN ANIME DREAMERS 2010 - O Ciclo de Cinema


E prosseguindo em uma época de vários eventos quadrinhísticos e assemelhados, o pessoal do Shin Anime Dreamers - S.A.D., continua com a segunda parte de seu evento.
Em abril eles realizaram a terceira edição de sua feira de Quadrinhos, animação, games, RPGs, etc, que já faz parte da programação da cidade para o público aficionado por essas áreas de interesse.

E agora, o evento volta a migrar para a Cooperativa de Estudantes Santamarienses - CESMA, com uma seleção de longa-metragens de animação produzidos no Oriente.
O Ciclo "Relações do Subconsciente: Reflexões e contextos", mostrando uma perspectiva e características bastante comuns ao cinema oriental, em obras que tentam evitar os lugares-comuns do cinemão atual.

A programação é a seguinte:
03/11 - Ghost In The Shell 2: Innocence
10/11 - Tekkonkinkreet
17/11 - Páprika
24/11 - Anime escolhido por votação.

O último filme, será decidido mediante voto do público, tanto na comunidade no Orkut do S.A.D., quanto no próximo evento, quando os espectadores poderão escolher em uma lista de 10 animes pré-selecionados.

Do modo que é costumeiro, antes das sessões haverá comentários a respeito da obra e do contexto do Ciclo.
Na primeira sessão, na qual, além do filme haverá uma exposição de HQs raras,  o convidado será o professor de História da UFSM André Soares, e no último filme, os comentários serão de Marcel Ibaldo.
Sendo assim, eu com certeza vou ter que acompanhar a votação até que o último voto seja apurado. 

Então confira a lista de filmes e aproveitando a época de eleições, vote no filme que lhe apetece ver na telona.

Até.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SUBSTITUTOS (2009)


A expectativa acerca de uma obra pode destruí-la por completo.
Geralmente, o marketing exacerbado que os estúdios de Hollywood têm posto em prática pra multiplicar seus lucros pode ter um efeito deveras prejudicial quando finalmente chega o momento de conferir o resultado da obra fílmica em questão.

Ao ouvir as primeiras notícias a respeito da adaptação de HQs para o cinema, “Substitutos”, admito que considerei uma possibilidade empolgante, apesar de exageradíssima, o que era dito a seu respeito quando mal havia iniciado seu processo de filmagem: “O novo Blade Runner”.
Impossível.
Mas seria interessante se conseguisse ao menos chegar perto. Em épocas de roteiros construídos para funcionarem dentro de uma estrutura pré-determinada, alguém tentando fugir dessa característica representaria uma grata surpresa.
Mesmo o celebrado “A Origem” (2010), apresenta-se como parte dessa tendência, afinal, trata-se de uma história de ladrões, em um contexto diferenciado, é verdade, mas a história não deixa de ser um típico início, meio e fim, ainda que apresente uma serie de elementos que o diferenciem de outras obras. 
No que se refere a “Substitutos”, a ousadia  de quebrar esse padrão seria o mínimo que um filme da importância de Blade Runner teria que possuir. 

O início assemelhando-se a um documentário é uma ideia excelente. A aproximação com a nossa realidade sempre foi peça-chave em boas histórias Sci-Fi.
Afinal, o futuro na sétima arte nada mais é que o vislumbre da releitura do tempo presente, e as consequências de nossos atos em um tempo vindouro, elaborado pela mente de seus autores.


No futuro mostrado na história, os tais substitutos são a roupa em forma de nós mesmos que todo mundo usa em vez de se desgastar saindo de casa fisicamente. É que nem a praticidade hoje vista como indispensável que um celular ou um notebook proporcionam. 
O objetivo do autor da HQ, Robert Venditti, e do diretor Jonathan Mostow, fica claro logo no começo, mostrando essa releitura do contexto da nossa geração, porém, em 2054.
Os MSNs, avatares de perfis de Orkuts, Facebooks e assemelhados representam hoje o que os substitutos seriam nas cidades do mundo imaginado por Venditti.
E em meio à trama policial do longa-metragem sobra espaço para ideias simples e funcionais, as quais o diretor utiliza de modo convencional demais. O conceito de total segurança que a utilização dos seres humanos autômatos permite é um dos aspectos bem representados em cena, além da banalização do seu uso pela população. 

Porém, para um enredo de investigação, o seu mistério é previsível demais. Isto além da necessidade de explicar e entregar tudo resolvido de maneira simplificada para o espectador. Aparentemente o ar épico do movie estava mais no discurso de divulgação do que na essência pensada pelo diretor Mostow.
Essa estrutura voltada à ação limita demais as possibilidades que a temática instigante proporciona. É claro que esse é um jeito fácil de atrair um público que prefere ignorar as implicações da impessoalidade providenciada pelos tais sites de relacionamento e mecanismos de comunicação pessoal a relativo baixo custo que podem ser trocados apenas para acompanhar a moda.

Apesar de o filme lembrar muitas outras obras, dentre elas “Matrix”, “A.I. Inteligência Artificial”, “Eu, Robô”, e “Homem Duplo”, a principal semelhança é com a franquia “Ghost In The Shell”, a qual leva a discussão entre pró-máquina e aversão ao uso excessivo da tecnologia em nosso cotidiano a um patamar que “Substitutos” poderia ter se arriscado a alcançar, devido à proximidade do tema. 
No fim das contas, o que sustenta a atenção da plateia são as boas cenas de ação, o visual competente, e o mote do roteiro presente na sinopse.
Conduzido de maneira adequada, torna-se um bom thriller policial, divertido e com uma dose considerável de inteligência que o faz ter destaque frente à maioria dos outros pretensiosos projetos megalomaníacos costumeiramente em cartaz. 


Jonathan Mostow pode não ter ousado em quase nada, mas ainda assim fez o suficiente para que “Substitutos” seja um bom filme e correta adaptação de HQs para a telona. E mesmo que a arrecadação nas bilheterias não reitere isso, o filme vale um ingresso.  


E para conferir a HQ que inspirou o filme, CLIQUE AQUI.
    

Substitutos
(Surrogates)
Direção: Jonathan Mostow
Duração: 88 minutos
Ano de produção: 2009
Gênero: Ação/Policial/Ficção científica

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

MERCENÁRIOS (2010)


Chega a ser engraçado observar o contraste entre o cinema de ação que predominava no topo das bilheterias há umas duas ou três décadas e o que está fazendo sucesso nas telonas hoje em dia.
Definir qual é a melhor forma de contar as histórias de pirotecnia, com certeza é algo extremamente complexo e relativo.
Enquanto atualmente os efeitos CG que muitas vezes substituem cenários, explosões e até atores são o recurso mais utilizado, há um tempo atrás as coisas eram resolvidas com alguns galões de gasolina e uns litros de sangue falso.
Sylvester Stallone, ator que ficou conhecido exatamente por estrelar alguns dos mais icônicos exemplares do segundo exemplo, insistiu em não se restringir ao sucesso obtido no passado, e com isso vem filmando insistentemente na contramão do que Hollywood definiu como o futuro dos blockbusters.


Em seus três últimos filmes fica evidente o interesse de Stallone em manter-se fiel ao seu estilo cinematográfico tradicional, tentando convencer o público atual a se interessar pelas suas produções.
Quando ele convocou o elenco de seu mais recente filme, parecia que mais do que isso ele havia decidido voltar no tempo, e mais do que filmar no estilo dos anos 80, tornar seu longa-metragem um retrato dos movies deste período.


Porém, ainda assim é inegável que ele se ampara na fama que o elenco tem (ou teve) e na situação insólita de ver todos esses pseudo-atores em uma mesma pseudo-história destinada a justificar ação e destruição.
E o enredo não passa disso.
Mas ninguém imaginou que haveria algo a mais além do que há na sinopse do filme.
Alguém comete algum crime, ou é um líder tirano ou mata algum amigo dos protagonistas... Não importa.
A única certeza é que esse cara merece morrer, e é missão dos “heróis” garantir isso do jeito mais espalhafatoso possível destruindo todo edifício ou veículo, ou capanga que estiver por perto.
Então surgem em cena os tais mercenários.

Talvez devido ao que se espera do elenco eles se restringem a interpretar as caricaturas do que lembramos deles.
Se o cara era o brutamontes falastrão, ele será apenas isso no filme, e se o cara é menor do que os outros, haverão muitas piadas com relação a isso.
Desse modo, cada intervalo entre as cenas de pancadaria serve de alívio cômico não deixando a plateia achar que o enredo está tentando se levar a sério demais.

Os quase inexistentes diálogos são proferidos com o mínimo de capacidade que a trupe de canastrões possui.
Dentre eles, Stallone, Jason Sthatam, e Jet Li são os que parecem mais confortáveis com a encarnação de renegados oitentistas, se bem que na hora da pirotecnia e espancamento várias vezes praticamente não é possível distinguir quem é quem.
Planos fechados em ambientes escuros tornam tudo absurdamente dinâmico e confuso, e isso deixa menos interessante o que era pra ser “quem será que venceria numa luta entre fulano e beltrano?”. No fim das contas, os embates desenfreados e descerebrados ficam divertidos pelo exagero, e de maneira alguma parece que o diretor ousou que fosse diferente.
Fica evidente que “Expendables” é uma continuação do estilo de filmagem empregado em “Rambo IV”, acéfalo e de violência extremada, porém nessa nova tentativa com um resultado bem melhor.

Pra quem assistiu os “clássicos” que tornaram esses atores famosos há décadas, “Mercenários” pode ser um tempo razoavelmente bem investido, o que não pode ser dito de quem não acompanhou esta cinematografia repleta de caóticas lutas cujo motivo não importava.



Se bem que o célebre diálogo entre Stallone, Schwarzenegger, e Bruce Willis é com certeza um dos momentos mais hilários que o cinema poderá lhe proporcionar em 2010, e isso dificilmente irá depender da sua experiência prévia enquanto espectador da sétima arte.
No entanto, este acerto de poucos minutos não torna o longa-metragem algo que possa ser considerado um ingresso bem investido. O pouco de diversão que ele pode oferecer vai existir ainda quando for lançado em DVD, e não vai custar nada esperar até lá pra ver na TV.
Aguardemos pra ver se “Mercenários 2” valerá meio ingresso, porque esse não valeu nem isso.


Quanto vale: Nem meio ingresso.


Mercenários
(Expendables)
Direção: Sylvester Stallone
Duração: 103 minutos
Ano de produção: 2010
Gênero: Ação

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A VINGANÇA DO ARQUIVISTA - No Congresso Nacional


Mesmo que o Q Studius já esteja totalmente focado nos próximos projetos, dentre eles "O Retorno do Arquivista", não há modo de ignorar a sessão de "A Vingança do Arquivista" que irá ocorrer nessa semana no IV Congresso Nacional de Arquivologia - CNA.

Sendo assim, reitero.
Nesta quinta-feira, dia 21/10/10, às 18hs, sendo parte da mostra Curta Arquivo, "A Vingança do Arquivista" será exibido em Vitória, Espírito Santo.

Para conferir a programação do evento clique aqui.


E aguardem para quinta-feira a postagem da semana do blog.
Até.



quinta-feira, 14 de outubro de 2010

KARATE KID (2010)


Para quem cresceu no Brasil assistindo TV nos anos 90, uma expressão é hoje referencial universal de filmes que nem sempre eram bons, mas com certeza hoje possuem um apelo nostálgico ainda eficiente.
Dos tais “Sessão da Tarde”, muitos são considerados, de certo modo, cult na atualidade, e dessa forma, passíveis de refilmagem.

Um desses exemplos é “Karate Kid” (1984), uma eficaz mistura de clichês que foi tão bem sucedida que deu origem a uma franquia bastante rentável.
Com necessidade de arrecadar mais dinheiro, e poucos roteiros originais considerados comerciais e lucrativos, Hollywood sempre faz uso da ancestral técnica de reutilizar ideias que foram utilizadas à exaustão, e acrescentar uma roupagem moderna tentando justificar reprisar o mesmo filme com atores diferentes.


No caso de “Karate Kid”, até que não seria um grande obstáculo filmá-lo de maneira semelhante ao original. A história do longa-metragem de 1984 era uma série de recortes de personagens e momentos que já haviam sido vistos em outros filmes, mas que surpreendentemente o tornaram icônico para toda uma geração.

O desafio do diretor Harald Zwart era recriar e atualizar a recorrente luta em busca de superação, para algo que o público médio considerasse legal de assistir no cinema várias vezes, e as suas posteriores sequências, claro.
Zwart, diretor dos mais convencionais, não tinha à disposição muitos recursos propiciados pelo seu limitado talento. Mas o próprio filme não exigia nenhum gênio para ser filmado de maneira adequada.
Porém, ser simplesmente adequado poderia não ser o suficiente.

Sendo assim, na falta de um roteiro repleto de originalidade e inteligência, e de um diretor diferenciado, o jeito era caprichar na escolha do elenco.
Estrelado pelo aprendiz de superstar, Jaden Smith, o longa-metragem reaproveita a base do roteiro que transformou o filme original em êxito.
Desse modo, a trama é ingênua e simples, e Jaden demonstra desenvoltura, já com trejeitos do estilo de atuação de seu pai, Will Smith.
Era um óbvio interesse dos pais do jovem protagonista que uma nova franquia estivesse surgindo. A participação do casal de atores Will Smith e Jada Pinket Smith na produção e constante acompanhamento das filmagens ajudou a manter um nível alto de qualidade visando este resultado.
Ainda assim, Zwart não se ajuda.


Ao mesmo tempo em que consegue boas cenas de ação, surpreendentemente encenadas por crianças de pouco mais de dez anos de idade, ele erra ao estender demais algumas sequências, especialmente no que se refere ao romance que é o mote principal do enredo.
Enquanto no filme que deu origem à franquia o relacionamento amoroso era apresentado em terceiro plano, sem implicar em grandes reviravoltas na história, dessa vez o jovem casal possui muito mais tempo de cena, mesmo que o andamento de seu namoro seja mais clichê do que poderia. Certamente que em se tratando de Karate Kid, isto já era esperado, porém não era preciso se estender tanto tentando forçar a identificação do público.

Se fosse melhor desenvolvido, ou se durasse alguns minutos a menos, teria favorecido o produto final.

Felizmente, há outro ator que desempenha papel de destaque no elenco.


Jackie Chan, outrora famosíssimo astro de filmes de ação, andava desacreditado recentemente, com produções que não chamavam atenção do público. Esta era sua grande chance de retornar em grande estilo, e ele não desperdiçou.
Não apenas é uma das melhores atuações de sua carreira mas também repercute ao contracenar com Jaden Smith, que reage buscando inserir força e credibilidade em seu personagem, para assim não perder seu posto de protagonista, afinal, sempre que Jackie Chan surge rouba a cena por completo.


Os dois atores tornam-se o aspecto essencial do filme, que melhora à medida em que ambos passam a representar os contrastes que são o real fio condutor da história. O conflito entre culturas, gerações, e entre duas escolas de cinema tão distantes em forma e objetivos cria um panorama que, se não consegue disfarçar os seus clichês, é eficaz em envolver o espectador nessa jornada de aprendizado que visa a clássica mensagem de superação e aproximação apesar das diferenças de pensamento e filosofia de vida.
Em meio a tudo isso, ao menos Zwart justifica seu salário ao filmar a paisagem chinesa convertendo-a em personagem, além, é claro, da coreografia de luta muito bem executada e das sensacionais e divertidíssimas sequências do treinamento ministrado por Jackie Chan.


Não fosse a metragem tão estendida, além do final piegas, e se o diretor não tivesse investido tanto tempo no relacionamento amoroso pouco interessante, seria um novo clássico infanto-juvenil.

Do jeito que ficou, o novo “Karate Kid” é um bom recomeço, e que tende a ser uma poderosa série de filmes caso seja mantido o ótimo elenco e conte da próxima vez com um diretor que esteja à altura da importância da franquia que acaba de ressurgir.

Quanto vale: meio ingresso.

Karate Kid
(Karate Kid)
Direção: Harald Zwart
Duração: 140 minutos
Ano de produção: 2010
Gênero: Ação

domingo, 3 de outubro de 2010

A VINGANÇA DO ARQUIVISTA - Relançamento




E parece que não adiantou muito o Q Studius decidir pelo fim das exibições do curta-metragem mais famoso já filmado em Santa Maria - RS.
Apesar de a anunciada última sessão ter sido realizada como parte do 3º Ciclo de Cinema do Quadrinhos S.A., isso não impediu que o filme do Arquivista Vingador retornasse às telas.
Desta vez, no entanto, a trama será apresentada bem mais longe do RS.

Portanto, no dia 21/10/10, o filme migra para o estado do Espírito Santo, na cidade de Vitória, onde fará parte da seleção que compõe a mostra Curta Arquivo.
A iniciativa faz parte do IV Congresso Nacional de Arquivologia.
Para mais informações sobre o CNA e sobre os demais filmes que serão exibidos clique aqui.

Essa notícia vem exatamente na época em que a produção do Q Studius enfrenta problemas durante a pré-produção de um de seus mais aguardados projetos:, "O Confronto 3: O Desafio".
De acordo com fontes confiáveis, teria ocorrido um acidente durante os testes com armas cenográficas, porém, ninguém ficou ferido.
Mais informações a respeito desse e de outros projetos do Q Studius, e a cobertura da exibição de "A Vingança do Arquivista", em breve aqui no blog.

Até.